Weslley Souza Rodrigues, Executivo de Vendas MINI Top Car
Para quem sabe onde quer chegar, oportunidade é direção
O forte sotaque paulista entrega as origens do jovem Weslley Souza Rodrigues (27) que mais parece um ancião em se tratando de experiência de vida e maturidade.
Natural de São Bernardo do Campo, porém criado em Hortolândia, próximo a Campinas nosso executivo de vendas MINI vem de uma origem simples, porém acolhedora, de avós pernambucanos. Seus primeiros aprendizados com a vida foram em um hospital do câncer infantil onde tratou de uma rara leucemia. Apesar de se acreditar curado, ainda hoje é preciso controlar de forma periódica com exames. O mais velho de três filhos do ventre de dona Edilene e do coração do seu Adriano, talvez tenha amadurecido mais cedo, fruto das longas internações que limitaram muitas das brincadeiras de infância. Observador, antes de entregar seu coração - que é doce, se dedica a perceber as pessoas pela voz, trejeitos e olhares. Se confessa envergonhado, um pouco retraído, mas é só conhecer um pouco mais que logo a confiança se estabelece e os vínculos se aprofundam.
Casado com Célia, a moça de Santa Catarina, que bem jovem saiu em busca de oportunidades em São Paulo, foi a fonte inspiradora para uma nova vida no mais belo Estado do Sul. Na época, quem a hospedou foi a avó de Weslley, dona Francisca. Essa avó merece um parágrafo a parte, certamente uma referência em afeto, família, união e amor. Foi na casa da avó que o jovem se apaixonou pela moça e hoje já acrescenta a esta história um novo amor; a pequena Sofia de um ano e seis meses repleta de exuberância e personalidade ativa. Ele que achava que não poderia ter filhos foi presenteado com essa linda menina, saudável, alegre, a frente de seu tempo, seu pequeno ‘papagaio’.
Quando olhamos lá para o princípio da vida profissional de Weslley, o menino de 13 anos, que convenceu o seu Adriano, pai companheiro para uma vida toda, a indicá-lo para um trabalho em uma lanchonete. Eram R$ 25 por noite trabalhada. Como estudava, o expediente era das 18 às 2 horas da manhã, sempre nos finais de semana e feriados. Ele queria conquistar suas próprias coisas e como os pais trabalhavam em uma confeitaria, o dinheiro era contado para as necessidades do mês. Logo se destacou e passou para auxiliar de cozinha e o valor recebido pelo menino saltou para R$75 por noite. Com 16 anos foi trabalhar na mesma empresa que os pais trabalhavam, ganhava menos, mas tinha registro na carteira. Logo o dono na antiga lanchonete foi atrás do Weslley propondo uma remuneração ainda melhor para que ele cuidasse de um novo empreendimento, um bar com shows no centro da cidade. E foi nesta época que a paixão por carros começou a tocar o jovem que até então só tinha olhos para o trabalho. Seu Eliel, chefe de Weslley, comprou na época uma das únicas Frontier top de linha da região, a melhor parte eram as pequenas voltas que o patrão permitia ao funcionário para buscar uma ou outra coisa para o bar. O mais incrível disso tudo, é que nem passava pela mente de Weslley um dia estar trabalhando com um grupo como a Top Car, com marcas tão icônicas do imaginário do menino.
Algum tempo depois veio o falecimento da avó Francisca e a tristeza foi a mola propulsora para uma mudança definitiva de vida. A vinda para Santa Catarina seria o recomeço para o casal. Na chegada Weslley imediatamente começa a distribuir currículos para cargos de vigilante corporativo, curso que carregava na manga como possível opção de trabalho. Logo foi chamado para atuar no Tribunal de Justiça de Santa Catarina de segunda a sexta. Alguns dias depois uma outra oportunidade para trabalhos no final de semana na BMW Motorrad Top Car de Florianópolis. Mas ele queria crescer e iniciou um estudo a parte para prestar concursos. Como trabalhava todos os dias e não tinha computador ou notebook em casa, recebeu a conivência da recepcionista que deixava o notebook liberado após o trabalho para que ele pudesse estudar. Na tela, de um lado as câmeras de segurança e de outro polígrafos das mais variadas matérias. Um dia foi flagrado pelas câmeras internas em meio aos estudos. O diretor Bruno Benetti veio falar com ele. Fez uma única pergunta: - Você vê futuro na empresa onde trabalha? – De forma sincera o jovem acenou que não e alguns dias depois recebeu uma ligação dizendo que seu currículo havia sido selecionado pelo Grupo e que ele deveria se apresentar para a entrevista. Atônito sequer tinha levado a Top Car um currículo, mas não titubeou e três meses depois já ingressava na empresa como auxiliar de serviços gerais. O certo é que, para Weslley não importa quem é o dono da empresa, ele vai trabalhar como se a empresa fosse dele. Passado algum tempo, surge uma vaga para o cargo de BMW Genius. Prontamente, vai até a sala do Ricardo Rocha, gerente de vendas e com um discurso bem alinhado faz o seu pleito à oportunidade de concorrer a vaga disponível. Rocha sai da sala e quando volta diz:- a vaga é sua. Weslley ficou como Genius um ano e oito meses. Essa vaga foi a oportunidade para nosso colaborador perceber o tamanho do investimento que a empresa fez nele, o que fez total diferença na sua vida, na sua postura e na superação de muitos desafios. Afinal, alguém envergonhado ser o porta-voz dos modelos mais incríveis do setor automotivo no mundo, certamente é um salto em evolução. O ápice de que tudo pode fazer um novo sentido na vida, foi depois de apresentar os diferenciais do modelo de vanguarda, 100% elétrico, pleno de nano tecnologia a uma centena de pessoas em um evento, ainda receber a atenção de um casal de engenheiros, compradores do iX que vieram ver com ele dúvidas técnicas e as melhores dicas em utilização.
Orgulhoso, nosso executivo de vendas MINI, promovido neste mês de outubro, carrega um novo aprendizado. “Todo o investimento que a Top Car dedicou pra minha pessoa, garantiu a segurança da informação dentro de mim. Todos falam que o cliente tem sempre razão. E isso pode não ser verdade, dependendo do que está em questão. Um exemplo disso são os modelos elétricos que tem uma estrutura de autonomia muito diferente do conhecido em combustão. Neste sentido, o conhecimento tem que ir além dos conceitos pré-estabelecidos. Outras vezes, o cliente chega querendo um modelo que na verdade não é o ideal para o seu perfil de usuário. Em várias ocasiões como Genius pude fazer a diferença no auxílio do fechamento da venda com modelos e produtos agregados que deixaram o cliente mais satisfeito. Eu posso passar um ano inteiro sem um elogio do meu diretor, sei que ele tem outras preocupações, mas quando o elogio vem do cliente, sei que estou fazendo a coisa certa”, comenta Weslley.
Quando ingressou na Top Car em 27 de agosto de 2018, no contrato de trabalho tinha uma pergunta do RH: “Como se vê daqui cinco ou seis anos?”. Na resposta está escrito: - Executivo de vendas. Pois então, se passaram quatro anos, alguém duvida de que ter sempre uma meta ou um sonho a frente faz a diferença?
